8 de dez. de 2011

Projetos

Muito Prazer Vovô Griô
Turmas: Tia Cecília(302) - Tia Jaqueline (301) - Tia Ana Lúcia (303)

Os Griôs são povos que carregam o dom da oratória e transmitem sabedoria popular com facilidade. Meio nômades, são líderes de grupos culturais, geralmente músicos e poetas de cultura popular, na maioria de origem negra, como capoeiristas, congadeiros e jongueiros. Na definição de Thomas Hale (1988), “são responsáveis por uma sabedoria e uma arte verbal presentes nos rituais da vida social”.
“Lá nos sertões da África, entre aldeias distantes
Caminham mulheres e homens aprendendo e ensinando a sabedoria daquele povo
São os griôs
E quando os griôs chegam nas aldeias
As crianças, os pais, os tios, e os avós sentam em uma roda
E está aberto o ritual do contador de histórias”.

(Márcio Griô, do Ponto de Cultura Grão de Luz e Griô)

Um griô ao contar histórias diz: História, história... e todos respondem: Presente do céu!
                  



Amigos Africanos
Bonecos confeccionados pelas crianças

Turma 301 (Tia Jaqueline)

                

                
  
                


Turma 302 (Tia Cecília)


         
   
         
  
         
  
         
  
         

 


Turma 303 (Tia Ana Lúcia)
               

               

               
  
               
  
               

 

Livros Griôs na Escola
Educação e Leitura
Alguns dos nomes de alunos que tiveram seus textos selecionados para fazerem parte do livro no link:
http://leiturapetropolis.blogspot.com/2011/09/livro-grios-na-escola-quebrando.html
E a nossa escola não podia estar fora dessa!!!
  • Vejam a criatividade da redação de nossos alunos (Turma 302):
Kaila, a rainha das águas

Era uma vez uma linda rainha que se chamava Kaila, Ela morava em um lindo castelo no alto de uma montanha em uma aldeia de Uganda.
Ela, certo dia, ao passear em sua linda carruagem notou que havia um pequeno vazamento de água no dique do reino.
Imediatamente a rainha Kaila voltou com pressa para o seu castelo e mandou um dos seus servos tocar o sino de alerta, que indicava ao reino que alguma coisa perigosa estava para acontecer.
Os servos saíram correndo para a torre onde ficava o sino de alerta. No caminho perceberam que o vazamento estava pior e a água já estava invadindo a parte de baixo do castelo.
Eles se apressaram, mas estava difícil de chegar até a torre.
A rainha Kaila foi ficando muito nervosa. Foi quando de repente ela virou uma linda sereia e foi até a torre nadando e conseguiu tocar o sino de alerta.
Assim ela evitou que uma tragédia acontecesse e por ter salvo todo o reino e poupado a vida de seus súditos, Kaila ficou conhecida como a Rainha das águas.

Alunos: Ranya Luiz Balter
Ana Beatriz Assis Alexandre
Carlos Eduardo Chagas
Caroline Teles de Sousa
Arthur Soares de Andrade
Thiago de Freitas
Professora: Cecília Pinheiro Ribeiro
Escola Municipal Robert Kennedy   3º ano

        A lenda do arco-íris

História..,história... presente do céu!
A lenda diz que o arco-íris só aparece quando tem chuva e sol e no final do arco-íris dizem que existe um pote de ouro e prata,
Na África, em um país chamado Uganda, dois meninos, Zimbu e Nyame estavam andando de bicicleta e viram uma coisa bem diferente e brilhante. Zimbu, que era o mais corajoso, chegou perto desta coisa misteriosa e descobriu que era um pote de prata e ouro. Zimbu disse:
_ Nyame! Nyame! Achei um pote de ouro e prata!
Os meninos levaram o pote para casa e começaram a gastar toda a fortuna,
Cada vez que retiravam uma moeda de ouro do pote o sol aparecia no céu. Sempre que tiravam uma moeda de prata, uma chuva caía e molhava toda a terra.
Hoje em dia sempre que aparece um lindo arco-íris no céu, sabemos que Zimbu e Nyame, os meninos africanos, estão tirando moedas de ouro e prata do seu pote.

Alunos: Arthur Soares de Andrade
Caíque Da Silva Linhares
Thaís Brandão Ribeiro
Maria Eduarda Souza de Lima
Professora: Cecília Pinheiro Ribeiro
Escola Municipal Robert Kennedy    3º ano
    
A girafa e o gorila

Há muito tempo atrás a girafa era igual aos outros animais. Era baixinha e tinha o pescoço muito pequeno.
Houve um tempo em que a África passou por uma seca terrível e os animais não tinham o que comer. A girafa e o gorila perceberam que havia comida no alto das árvores
Resolveram pedir ajuda aos Deuses da África, que prometeram fazer uma poção para os dois no dia seguinte.
Os Deuses marcaram uma hora para que a girafa e o gorila recebessem a poção que os ajudaria a alcançar a árvore mais alta.
No dia seguinte, os Deuses esperavam pelos dois animais mas somente a girafa que chegou na hora. Cansada de esperar o gorila a girafa tomou a sua poção e seu pescoço cresceu tanto que logo alcançou as árvores mais altas e conseguiu comer folhas fresquinhas.
Quando o gorila chegou e viu que a poção já tinha acabado , ficou triste e furioso, bateu forte no peito e depois deu um grito bem alto.
É por isso que até hoje a girafa tem um pescoço enorme e o gorila vive zangado batendo em seu peito e isolado, só comendo bananas.

Alunos: Arthur Soares de Andrade
Gabriele Raimundo Da Rocha
Elienai Simião Tavares
Professora: Cecília Pinheiro Ribeiro
Escola Municipal Robert Kennedy   3º ano

Reconto da história “ Furos no céu”

Havia um tempo que o céu era próximo da terra. Um belo dia de Sol, uma piladeira falou para a outra piladeira :
- Vamos levar o pilão e o milho lá no nosso quintal porque o dia está muito belo!
Então a outra piladeira falou:
- Tá bom , vamos lá!
Então elas foram lá para o quintal e enquanto pilavam o milho, contavam piadas, histórias, charadas etc.
Certa hora uma piladeira levantou bem alto o soquete do pilão que fez um furo no céu e o céu falou:
- Aii, uii, está doendo muito! Parem!
Por mais que o céu falasse, elas não escutavam e o céu então ordenou que os tambores da África tocassem bem alto para as piladeiras escutarem e procurarem pelo barulho olhando para o céu. Mas elas dançaram e gostaram do som do tambor que começaram a dançar.
Depois disto o céu decidiu ir para um lugar nem tão alto e nem tão baixo. Num lugar que as pessoas vissem o céu e não desse para furá-lo. Então o céu decidiu botar estrelas nele para ele sempre ver tudo lá em baixo. Então as estrelas são os olhos do céu.

Alunas: Maria Eduarda Souza de Lima
Caroline Teles de Sousa
Professora: Cecília Pinheiro Ribeiro
Escola Municipal Robert Kennedy   3º ano

Por que o leão tem juba?

          Antigamente existiam muitos homens e caçadores. Um dia os caçadores foram na Savana africana caçar leões e conseguiram três leões e levaram para os escravos em ordem do chefe.
          O chefe ordenou que os escravos deixassem aqueles leões os mais belos de toda a África. Perto dali um escravo estava colando madeira e o outro estava cortando o pêlo dos leões, lavando todos os três e deixando que secassem ao sol.
           Certa hora os escravos jogaram comida para os leões, pois estavam famintos. Eles colocaram a comida no chão pois tinham medo de colocar a mão perto da boca deles. De repente um dos leões rugiu e os escravos que estavam trabalhando ali por perto levaram um susto e deixaram o pote de cola cair no chão. Quando o leão foi abaixar para pegar sua comida surgiu uma forte ventania que fez a cola e todo o pêlo que havia sido cortado ir para o rosto dos leões.
          É por isso que até hoje o leão tem uma juba tão grande!

Alunas: Caroline Teles de Sousa
Ana Beatriz Assis Alexandre
Professora: Cecília Pinheiro Ribeiro
Escola Municipal Robert Kennedy    3º ano



Casa Amarela


Este foi o nome dado a um projeto de leitura e produção de texto, desenvolvido com a maior competência em uma escola de Petrópolis, RJ.

(Por Ana Paula Severiano)

Objetivos:

* Formar leitores e escritores competentes, que sejam capazes de produzir textos coerentes e coesos.
* Desenvolver no aluno o papel de produtor, leitor e avaliador do próprio texto, levando-o a uma atitude crítica.
* Trabalhar as características de cada gênero textual.
* Incentivar e desenvolver o uso do dicionário como fonte de pesquisa.
* Desenvolver o trabalho de pontuação no contexto.
* Estimular a cooperação por meio de trabalhos em grupos

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Foi navegando no site de uma rede social, que Cecília Pinheiro, professora na Escola Municipal Robert Kennedy, em Petrópolis-RJ, teve a idéia de desenvolver um projeto que trabalhasse diversos gêneros textuais, leitura e produção de texto com sua turma de 2º ano. Ela ouviu a música "Casa Amarela", que dá nome ao CD do grupo mineiro Ziriguibum!, e se inspirou. Confeccionaria uma casa amarela e todo mês tiraria de dentro dela um personagem. Este personagem estaria associado a uma música do grupo e também a um texto, que poderia ser uma fábula, conto de terror, texto informativo ou outro.
Pronto, assim nascia o projeto Casa Amarela, que logo contou com o apoio de Ana Paula, Betania e Luciana, professoras do 2º ano na mesma escola. Juntas, as educadoras fizeram um planejamento detalhado para o ano letivo de 2009. "Como decidimos o conteúdo de cada módulo mo começo do ano, ficou fácil dividir as tarefas e fazer um projeto com qualidade. Nós quatro colaboramos para buscar textos de apoio para a leitura que apoiaram a produção de textos pelos alunos. Esse trabalho coletivo e planejado contribuiu para os bons resultados que alcançamos", conta Cecília.

1. Entre no clima
Já que tudo começou com a música "Casa Amarela", publicamos um trechinho da letra abaixo:
Vou te contar um segredo
O segredo da casa amarela
Pode abrir qualquer porta
Ou também qualquer janela
Pode entrar, procurar
Em tudo, em qualquer lugar
O que vai abrir o segredo
Que você vai desvendar

(Casa Amarela - Grupo Ziriguibum)

2. Construção da casa
Para construir a casa amarela, Cecília usou materiais básicos de papelaria; fez as paredes com papel-cartão; o telhado com E.V.A. e o acabamento com palitos de sorvete, canetinha e tinta guache. Invente a sua!



3. Os gêneros textuais
Antes de dar início ao projeto, as educadoras definiram quais seriam os gêneros textuais estudados: texto narrativo, informativo, fábulas, entrevistas, receitas e contos de terror foram os escolhidos.

4. Em ação
No começo do trabalho (e assim no início de cada mês que sucedeu), as professoras colocaram uma das músicas do CD para tocar e revelaram, de maneira lúdica, o personagem que estava dentro da casa e que nortearia os trabalhos daquele mês. Contaram também que todo personagem saído da casa  traz consigo um texto - este era lido em voz alta pelas professoras. Em tempo: o texto variava todo mês e  apresentava os diferentes gêneros literários que se queria trabalhar. Quando as professoras quiseram trabalhar com as fábulas, por exemplo, trouxeram um conto dos Irmãos Grimm; quando a intenção foi explorar o texto informativo, trouxeram uma reportagem de jornal.


5. Escrita coletiva
Após a etapa de apresentação do personagem, da música e do texto de referência, é hora de propor a produção de um texto coletivo, que tenha relação com o tema da música e com o personagem saído da Casa Amarela.
O objetivo é que cada aluno consiga compartilhar no grupo suas opiniões e trabalhar conjuntamente para escrever um texto claro e coeso, que reflita em maior ou menor grau a participação de todos. Para isso, a professora deve assumir o papel de escriba e de mediadora, anotando as idéias e mostrando às crianças aspectos de organização textual que elas ainda não reconhecem por si só.

6. A importância da revisão e da leitura
Segundo as educadoras envolvidas no projeto, escrever o texto uma vez não basta. Para resultados efetivos, é fundamental debruçar-se sobre ele.
"Cada texto deve passar por sucessivas revisões ao longo do mês, buscando assegurar sua coerência. Em cada etapa de revisão o professor deve atentar para diferentes aspectos, tais como: clareza e articulação de idéias, pontuação e ortografia. Deve também enfatizar as características do gênero em questão", refletem as professoras.
No caso do texto narrativo, por exemplo, é necessário enfatizar que há uma sequência de ações, vividas por personagens, que ocorrem dentro de um determinado tempo e espaço. "A prática de produção de texto dentro do projeto, deve ser entendida como uma estratégia para levar o aluno a perceber a provisoriedade dos textos e a analisar seu próprio processo", argumenta Cecília. Durante as revisões, também é importante garantir práticas de leitura, que visam ampliar o repertório dos alunos sobre um ou outro gênero. Isso quer dizer que, além da leitura inicial de apoio, o professor terá de selecionar outras referências para mostrar às crianças.


7. Versão final
Depois de sucessivas leituras e correções (individual e coletivamente), na última semana do mês correspondente a um determinado gênero textual o professor e os alunos devem definir a versão final. Esta será lida em voz alta por voluntários que, além de desenvolverem habilidades de redação e leitura, também terão  a possibilidade de melhorar seus instrumentos expressivos e dramáticos.
No final dessas etapas, os alunos terão produzido e revisado um texto para cada um dos gêneros estudados e terão trabalhado com a leitura e a interpretação dos textos. "Assim fica garantida a diversidade textual no processo de alfabetização, que busca a ampliação do letramento e a consequente formação de leitores e escritores proficientes", garante o empenhado grupo de professoras.

8. Produção de um livro
Ao final do projeto, os textos produzidos pelas salas foram reunidos em um livro junto com as letras das músicas do grupo Ziriguibum!. Os livrinhos foram xerocados e distribuídos aos alunos na festa de final de ano da escola. Além do sorriso de cada criança, Cecília, Ana Paula, Betania e Luciana ganharam outro presente: em 2010, a escola em que trabalham recebeu nota 6 no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e também ficou entre as 40 melhores do Rio de Janeiro em uma avaliação feita pelo Governo do Estado. Com certeza, esse time contribuiu para isso!

"A dinâmica de revelar um personagem por mês criou uma expectativa positiva nas crianças, que ficavam curiosas para saber qual seria a próxima música, o próximo personagem e, consequentemente, o próximo tipo de texto que seria discutido. Conseguimos atrair o envolvimento dos alunos."
Professora Cecília Pinheiro
Desafio da Leitura
Turmas 101-102-103-104 (abril 2011)

                  “Ah, como é importante na formação de qualquer criança ouvir muitas , muitas histórias... Escutá-las, é o início da aprendizagem para ser um leitor; e ser um leitor é ter um caminho de descobertas e
                    de compreensão do mundo, absolutamente infinito.
                     Ler histórias para as crianças, sempre, sempre.” 
                                                                Fanny Abramovich






















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